Assembleia Geral aprovou orçamento de contenção com picardias entre Carlos Costa e o presidente Paulo Carvalho
O orçamento do Rio Ave para a temporada de 2007/08 aponta para um milhão e cerca de 500 mil euros, sendo mais de 181 mil euros destinados ao Departamento Juvenil e de 24 mil euros ao Futsal.
Os sócios, presentes em número de meia centena na Assembleia Geral de domingo de manhã, aprovaram o Plano de Actividades e o Orçamento com três abstenções e quatro votos contrários, tendo um deles (Carlos Costa) referido que o Plano “não tem rigor oficial”, o que foi contrariado pelas explicações pormenorizadas de Paulo de Carvalho, presidente da Direcção. Por sua vez, Mário Almeida, presidente da Assembleia Geral, recorreu ao bom senso para que o documento fosse aprovado, o que foi bem sucedido.
Paulo de Carvalho referiu ainda que o “futebol não é algo de sustentável”, e daí as dificuldades surgidas no próprio seio profissional. Por esse motivo, não quis interpretar o papel de “vendedor de sonhos”, antes tornar-se realista quanto às despesas e às receitas, já que elas “serão a trave mestra do Plano” apresentado à aprovação dos sócios. E mostrou-se objectivo, nesse aspecto: “Só podemos prometer títulos quando o Rio Ave estiver em condições de os prometer, fora disso, temos de encarar as nossas limitações em relação a outras equipas que aparecem com promessas de subida de Divisão”.
Na exposição feita, o líder directivo do emblema vilacondense garantiu: “Poder-se-á dizer que somos pouco ambiciosos comparando este Plano com os dos últimos três anos. Nada mais errado”. Embora reconheça que “os resultados desportivos são essenciais para um clube”, no que diz respeito ao Rio Ave “eles têm de ser alcançados em condições que não coloquem em causa a sobrevivência do próprio clube”. Daí que o rumo da gestão “seja idêntico ao que se vem mantendo nos últimos três anos”, ou seja, “não em função da emoção, mas antes da razão”. E fez a comparação de que “o orçamento da época passada também foi menor que o anterior e o Rio Ave quase que chegava à Liga Nacional”. Revelou o facto de haver jogadores, anteriormente, que tinham contrato de formação baratos e que passaram a profissionais, mais dispendiosos, como são os casos de Vítor Gomes e André Serrão, além de Ronaldo ficar mais caro porque deixou de estar emprestado pelo Marítimo, como contrapartida da cedência de José Gomes.
O assunto do novo Estádio do Rio Ave FC foi abordado ao de leve, até porque vai nos primeiros estudos, ficando guardado para uma reunião magna dos sócios quando houver bases mais sólidas, embora tudo leve a crer que se torne em realidade com pouca demora.
PS: Agradecimento pelo material cedido ao ilustre jornalista Luís Leal.
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