sexta-feira, novembro 10, 2006

Futsal: Mau ambiente desmentido pela Direcção

Em resposta a esta notícia (ver ponto 1) publicada hoje no suplemento "Vila do Conde" do diário "O Primeiro de Janeiro", a Direcção do Rio Ave, na pessoa do director para o Futsal, Paulo Calhão, desmentiu (ver ponto 2) que haja qualquer espécie de conflito entre um grupo de jogadores "vileiros" e o técnico principal da equipa, o "caxineiro" João Ferreira.

Todos os intervenientes nesta dispensável polémica podem usar o BdRA, seja ao nível da caixa de comentários seja do endereço de e-mail para defenderem a sua posição. É bom que este caso seja rapidamente esclarecido para que o bom arranque na temporada 2006/07 não seja comprometido e o Rio Ave não volte a cair nos erros de gestão de recursos humanos cometidos pela anterior equipa técnica.
1. Derrota agudizou divergências entre treinador e jogadores Futsal do Rio Ave em agitação

Paulo Vidal

A derrota caseira – primeira da temporada – sofrida pelo Rio Ave, no passado sábado, diante do Nogueirense pôs a descoberto os problemas que a secção de futsal atravessa.
Segundo O PRIMEIRO DE JANEIRO apurou existe mau estar entre alguns jogadores e a equipa técnica liderada por João Ferreira, situação que motivou de resto uma reunião, na passada segunda-feira, que contou com a presença do treinador e seus adjuntos e dos quatro dirigentes da secção.

Na partida da última ronda o jogador «Bacalhau», que estranhamente continua a ser pouco utilizado, teve uma acesa troca de palavras com o treinador que culminou com a sua exclusão do jogo ao intervalo. Fonte próxima do Rio Ave garante que “a discussão foi tão acesa que quase chegaram a vias de facto”. As exigências e opções de João Ferreira parecem estar na origem do descontentamento de alguns jogadores onde se incluem também Jaime Moreira, Renato Pontes e Bruno Ramalho. Na verdade não se compreende como um atleta como «Bacalhau», um dos melhores marcadores da última temporada e internacional pela Selecção Nacional Universitária, não seja titular na equipa do Rio Ave e principal opção do treinador João Ferreira. A mesma fonte adiantou ao nosso jornal que o treinador da formação vila-condense não terá gostado que o atleta «Bacalhau» tenha dedicado um dos golos da vitória no jogo com o Macedense ao anterior técnico, Paulo Morim, que se encontrava nas bancadas do Pavilhão de Vila do Conde.

Recorde-se que João Ferreira decidiu decretar um «black-out» à comunicação social no início do Nacional da 2ª Divisão para evitar a «pressão» sobre os jogadores. Apesar do momento conturbado que atravessa a nível interno, o Rio Ave continua a ser um dos fortes candidatos à subida de divisão, ocupando o 3º lugar com 13 pontos. Amanhã o Rio Ave desloca-se ao terreno do Gondomar para disputar a 7ª jornada.


2. Departamento de Futsal do Rio Ave - Esclarecimento sobre a equipa sénior

A equipa de futsal do Rio Ave desloca-se, este sábado, ao pavilhão do Gondomar, onde vai disputar mais um encontro relativo ao Campeonato Nacional da 2ª Divisão. Depois da derrota caseira da semana passada – a primeira da temporada – a formação orientada por João Ferreira mantém-se firme na perseguição dos objectivos definidos para a presente temporada, pelo que, a vitória é o único resultado que interessa nesta deslocação. A equipa vilacondense encontra-se no 3º lugar da tabela classificativa, confirmando assim o seu favoritismo para este campeonato. Embora não sendo um candidato assumido à subida de divisão, a experiência e o valor da equipa colocam o Rio Ave num patamar apetecível para essa disputa.

A semana de trabalho da formação vilacondense tem sido agitada pela divulgação de notícias contraditórias e pouco credíveis quanto a uma possível “crise interna no clube”, situação desmentida oficialmente pelo Departamento de Futsal do Rio Ave. Paulo Calhão esclarece que, no intervalo do jogo com o Nogueirense, dado o resultado desfavorável para os vilacondenses, foi sentida alguma ansiedade e nervosismo, mas a situação foi de imediato corrigida e ultrapassada. Aliás, com o intuito de perceber qual o sentimento da formação nesta altura do campeonato, o Departamento reuniu, na passada segunda-feira, com a equipa técnica e, na terça-feira, com todo o grupo de trabalho, concluindo não haver manifestação de qualquer descontentamento interno.

Assim, Paulo Calhão sublinha que as notícias vindas a público, nomeadamente na edição de hoje do Suplemento Vila do Conde d’O Primeiro de Janeiro, apresentam uma “situação totalmente deturpada” da realidade e atribuem uma dimensão desproporcionada ao ocorrido, lamentando não ter sido previamente contactado pelo jornal para esclarecimento dos factos. Deste modo, o Departamento de Futsal do Rio Ave reafirma “total confiança na equipa técnica e em todo o grupo de trabalho”, adiantando que os objectivos traçados para a presente temporada desportiva se mantêm intactos.

5 Comments:

Anónimo disse...

Não tenho fontes internas no futsal do Rio Ave mas gostava que a equipa voltasse a subir de divisão. Não vou colocar em causa a competência do nosso treinador, mas aquela ideia do "blackout" não lembra absolutamente a ninguém nem faz parte da cultura de clube da qual o Rio Ave Futebol Clube se deve orgulhar. Aliás, acho até que o presidente Paulo Carvalho devia ter feito alguma coisa, dado que o RAFC não é clube de "blackouts", mas sim de gente aberta que assume as suas responsabilidades. Veja-se o caso do João Eusébio, que pode não estar a ser muito feliz mas tem sempre coragem e hombridade de dar uma palavra aos sócios.
De resto, quanto maior comunicação positiva o futsal tiver melhor para chamar gente ao pavilhão. Por causa dessa ideia peregrina do "blackout", não se fala bem da secão nos bons momentos, e as notícias são sobre factos negativos. Dá até a ideia que o actual treinador já sentia que ia ter alguma coisa a esconder. O que me parece, sinceramente, é que ele, sim, não se sentia capaz de suportar a pressão. Logo, até que ele me prove o contrário, tenho legítimas dúvidas sua capacidade para gerir psicologicamente o grupo. Quanto aos jogadores, com Paulo Morim já subiram uma vez e podem muito bem voltar a fazê-lo. Já mostraram que têm valor e por isso confio neles. FORÇA RIO AVE!!!

Anónimo disse...

Não diria mais...partilho da opinião do Hugo Anjos.
Força Rio Ave!

Anónimo disse...

a mim, que não sigo o futsal, já me tinham dito que estranharam o facto do bacalhau não se ter apresentado no 2ª parte do jogo. pensaram tratar-se de alguma lesão, ainda para mais alimentado pelo facto de ter jogado muito pouco na 1ª parte.

só faltava mais esta, uma divisão entre vileiros e caxineiros. se´ra que também acontece isto nos vários escalões de futebol de 11?


Afonso Henriques
afon_so_henriques@yahoo.com.br

Anónimo disse...

Bom dia,

Caro Sr Hugo Anjos não sei se já reparou mas o Treinador do Rio Ave não se encontra em Blackout, pois fez a análise ao jogo Rio Ave - Nogueirense :

"04/11/2006
Derrota da equipa sénior de futsal
- Depois de um início de campeonato muito positivo, a equipa do Rio Ave sofreu esta tarde uma derrota. O que falhou neste jogo?

- Acho que falhou muita coisa e o resultado até se ajusta à forma como o jogo decorreu. Entendo que merecemos perder, porque não fomos capazes de impor o nosso jogo, provavelmente devido à capacidade da equipa contrária que soube estudar-nos muito bem e rebater os nossos pontos fortes. É um adversário forte que tornou este jogo muito interessante. Apesar da derrota, acho que foi um bom jogo de futsal, uma modalidade onde, como se sabe, os resultados são imprevisíveis até aos últimos segundos. O Nogueirense foi um adversário à altura que soube jogar no nosso Pavilhão e está, por isso, de parabéns. Penso que o Rio Ave perdeu a paciência em determinada altura do jogo, o que se traduz em meio caminho andado para a derrota.



- Em todo o caso, o Rio Ave estava preparado para receber um adversário complicado…

- Sim. Já conhecíamos este adversário e estávamos preparados. No entanto, acho que conseguiram surpreender e jogaram muito bem, tendo sido mais fortes que o Rio Ave.



- Na fase final do jogo, o Rio Ave esteve perto de inverter o resultado.

- Essa situação revela o esforço e a vontade dos jogadores do Rio Ave que são muito briosos. A esse nível, julgo que a equipa do Rio Ave é excelente e muito forte. Os jogadores têm uma mentalidade muito forte e não se deixam abater pelos resultados. Aliás, penso que esta derrota não vai afectar o comportamento da equipa e já no próximo jogo vamos dar uma resposta diferente da que tivemos hoje.



- Isso significa que a equipa vai reagir bem a este resultado?

- Acho que sim. O nosso objectivo para a época é somar 34 pontos. Neste momento, já temos 13 pontos e ainda estamos no início do campeonato, o que me leva a concluir que a equipa está a fazer um percurso. Em todo o caso, admito que a nossa equipa ainda não consegue aguentar a pressão de jogar em casa. Fora do nosso pavilhão, esta equipa joga muito diferente, mais desinibida…É uma situação que ainda estamos a analisar, porque não conseguimos explicar o que motiva esta mudança de comportamento. Vamos tentar corrigir esse aspecto, porque precisamos de ser mais fortes nos jogos em casa."

Veja-se como, afinal, o Sr. João Ferreira, que pode também não estar a ser muito feliz mas tem a coragem e hombridade de dar uma palavra aos sócios, no site oficial do Rio Ave F. C.

Um abraço e boa sorte para o campeonato

Anónimo disse...

Caro sócio convicto,

A intervenção que destacou demonstra que se calhar alguém se antecipou a dar a esse senhor treinador o puxão de orelhas que este justificou ao procurar impor um "blackout" no Rio Ave. Deu a cara e isso só lhe fica bem. Aguardarei por novas intervenções, de preferência mais esclarecedoras. É que me custa um pouco a entender como "uma equipa mentalmente forte" não consegue "suportar a pressão de jogar em casa". Por acaso, para azar do "mister", agora até foi perder fora, a Gondomar.
O que eu defendo é o melhor para o Rio Ave, acima de qualquer interesse individual mesquinho. Se João Ferreira fizer um bom trabalho, ficarei feliz pelo meu clube. Caso contrário, tenho de acreditar que quem de direito tomará as melhores decisões em defesa do emblema do Rio Ave.

PS: Mantenho o que disse em relação à gestão psicológica do grupo. Se existe dificuldade em jogar em casa, há que procurar mais apoio para o grupo e encarar o facto com naturalidade, desmistificando o "problema" e não falando continuamente em "pressão" de uma forma que mais parece auto-justificativa.