Técnico João Ferreira despedido do futsal do Rio Ave
Notícia de Paulo Vidal em O Primeiro de Janeiro
João Ferreira já não é treinador da equipa de futsal do Rio Ave. O técnico, que se estreou esta temporada no Campeonato Nacional da II divisão, foi dispensado pelo departamento da modalidade.
A saída não teve a ver com os resultados desportivos, uma vez que o Rio Ave ocupa o segundo lugar do Campeonato e está em condições de discutir a subida de divisão, mas com divergências entre o treinador e um dirigente. Ao que o PRIMEIRO DE JANEIRO apurou, João Ferreira terá desautorizado o director da secção José Manuel Ferreira, situação que motivou que o dirigente tivesse colocado o seu lugar à disposição.
Solidários com José Manuel Ferreira, o chefe do departamento de futsal, Paulo Calhão, e os restantes elementos, Carlos Ferreira e António Matos decidiram dispensar os préstimos do treinador. “Ou saía o senhor João Ferreira ou saía o departamento do futsal. Estamos solidários com o nosso colega de direcção”, adiantou Paulo Calhão.
A decisão foi comunicada, na passada terça-feira, ao ex-treinador do futsal do Rio Ave pelo chefe do departamento. “Por incompatibilidades foi-lhe comunicado que deixaria de ser treinador do Rio Ave”, acrescentou o dirigente.
Para além do episódio com o dirigente José Manuel Ferreira, o ex-treinador do Rio Ave já tinha tido, esta temporada, problemas internos com alguns jogadores.
Foram públicos os acontecimentos verificados entre João Ferreira e o atleta Bacalhau e também algum descontentamento relativamente às opções técnicas, como foi o caso do guarda-redes Nuno Pereira que abandonou o clube após o último jogo diante do Miramar.
Paulo Calhão refere que “em tempos o Nuno disse-me que estava de alguma forma desagradado com as opções da equipa técnica, mas se existiam divergências entre o treinador e os jogadores não eram transmitidas de uma forma muito frontal e aberta”.
Consumada a saída de João Ferreira, o chefe do departamento de futsal acredita que os problemas verificados não terão reflexo no rendimento da equipa: “Os jogadores têm que continuar a trabalhar independentemente de ser o treinador A, B ou C. A equipa tem de continuar a trabalhar e tem que representar o melhor possível o clube, só isso. Estou perfeitamente confiante na missão de todos eles”, desabafou Paulo Calhão.
Com a saída de João Ferreira, a secção de futsal do Rio Ave está já a trabalhar na contratação de um substituto para o cargo de treinador e que deverá fazer a sua estreia no jogo de sábado (21h00) diante do ARCA de Famalicão.
Até à hora do fecho desta edição, decorriam conversações com o treinador-adjunto Raul Moreira para assumir a liderança do plantel. “A primeira abordagem será feita ao Raúl”, adianta o chefe do departamento de futsal. Na eventualidade de falharem as conversações com o actual treinador-adjunto, o Rio Ave poderá partir para a contratação de Rui Pereira, ex-treinador do Boavista. Paulo Morim, treinador que promoveu o Rio Ave à I divisão nacional, também foi abordado, mas a possibilidade de regressar ao clube é mais remota.
À margem da mudança de treinador, o Rio Ave segue no segundo lugar do Campeonato com 32 pontos, em parceria com a Mocidade Arrábida.
1 Comment:
mas houve porque em tres jornadas saiu da posiçao que lhe dava a subida de divisao e por um capricho do director porque nunca se colocou do lado do treinador isto e do lado do clube para satisfazer um capricho....
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