segunda-feira, janeiro 29, 2007

A explicação simples para uma vitória histórica de um grande Rio Ave


Em Vizela, João Eusébio colocou Chidi e Costé como dupla de avançados que foi encaixar no sistema de três centrais da equipa local. Evandro jogava muito atrás, longe dos dianteiros como vértice de um losango a meio-campo. Mesmo assim, esforçou-se e foi dos melhores, apesar de estar obrigado a cumprir as instruções do treinador. Fábio Coentrão ficou no banco pelo segundo jogo fora de casa consecutivo (já tinha acontecido em Gondomar...) e só entrou com a equipa em desvantagem numérica. Como consequência disso, o Rio Ave não conseguiu fazer um único remate na área em todo o encontro. Os flancos não existiram, dado que os laterais não foram capazes de subir e a equipa estava demasiado estreita e lenta. Marcámos graças à classe de Niquinha, que rematou de longe mas, a partir da expulsão do Danielson, a equipa nunca mais se encontrou. O empate nem foi mau, tudo pesado, mas era claramente um jogo para ganhar. Faltou ambição, faltou visão. Foram mais dois pontos lançados pela janela fora e mais um encontro onde o Rio Ave não foi capaz de segurar a vantagem adquirida (o 5º da época...).


Na Póvoa do Varzim, talvez por inspiração vinda lá de cima (entendam isso como quiserem...), o Rio Ave surgiu em campo transfigurado. Jogou para ganhar, não para o pontinho. Parecia o temível Rio Ave dos tempos do Carlos Brito. Fábio Coentrão deu velocidade, raça, talento e imprevisibilidade ao nosso ataque. Os grandes talentos moldam-se em campo, e não com "castiguinhos" ridículos que só prejudicam a equipa.
Ao contrário de Chidi, que apenas tem sido útil a jogar de costas e a segurar a bola, Keita dá potência física e acutilância no eixo do ataque. Continua a desperdiçar golos? Então tem de fazer trabalho específico de finalização, como chegou a acontecer com António Sousa na época passada. Lembrou-se disso, mister Eusébio? Insista com o homem depois dos treinos. Se o treino for de manhã, faça sessões específicas à tarde, que é mais importante para ele melhorar como profissional de futebol do que andar no "shopping" ou na internet...
Por último, Evandro foi determinante na superioridade do Rio Ave sobre o Varzim porque deixou de estar preso no congestionamento a meio-campo e teve liberdade para dar largura ao ataque, procurando fazer diagonais que confundiam os defesas poveiros e ajudavam o trabalho de Keita e Fábio Coentrão. Assim, ao contrário da equipa apática de Vizela tivemos um Rio Ave agressivo, contagiando até jogadores como Delson, que desta vez cumpriu tacticamente a pressionar alto apesar de não se poder comparar a Niquinha. Neste capítulo, digo apenas que gostaria de ver o Marquinhos a jogar ao lado do seu irmão, mas foi emprestado. Para o Penafiel, sem o Vilas Boas e o Vítor Gomes, se calhar vamos ter de improvisar, mas depois falaremos nisso. Para já, o Rio Ave leva 8 jogos sem perder (4 vitórias e 4 empates...) e, apesar de tudo, João Eusébio merece o nosso apoio e confiança. Se não tem jeito para dar a volta aos jogos a partir do banco, então que não erre no onze inicial: meta os melhores. Estamos a 6 pontos da subida, temos um calendário complicado na segunda volta mas, se forem mantidas a coragem e ambição demonstradas na Póvoa do Varzim, estamos no bom caminho.

2 Comments:

Anónimo disse...

Apoiadíssimo

Anónimo disse...

ja temos substituto para o Sr.Joºão Eusebio no nosso rio ave, temos o sabichão do que escreveu a introduçaõ que deve saber de tanto de futebol como eu de lagares de azeite se estiveses calado e deixa ses trabalhar quem esta a trabalhar com amor a camisola e com honestidade fazias melhor ou que queres mais a equipa? FORÇA RIO AVE

Antonio Magalhaes